sábado, 27 de novembro de 2010

ANDARILHO


O Andarilho. Béja, 2009.



Minha sala d'aula é o mundo.

Experimento-me nos outeiros

Descubro-me nos vales

Deságuo nas águas


Do

mar

Da

vida.


Aprendo com os p-a-s-s-o-s

Tro

peços.

Com o tempo

Contra-tempos.

D'andarilho... Jornada


segunda-feira, 15 de novembro de 2010

REFLEXÕES EM FRASES V


A verdadeira beleza se vê sem maquiagem – prescinde desta.
Somos um pouco a expectativa do outro.
Somos tão falhos, tão falhos que somos humanos.
Educação é o processo capaz de inserir atores (e não figurantes) sociais no palco da existência.
Inevitáveis travessias sucedem-se após as partidas...
É preciso aprender com as reticências...
A vida sem arte é um paradoxo.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

2050


Paulo conectou-se à internet e baixou uma nova versão de si mesmo.
Marta – almejando longevidade – fez um transplante de cérebro: foi morar num robô.
Carlos salvou uma cópia de sua memória no pen drive, caso tenha amnésia...
Pedrinho se escaneou e foi morar na World Wide Web; pegou uma virose e o AVG lhe deletou.
Luísa comprou seu robô doméstico nas Americanas, mas ele não veio com o programa que o habilitava a lavar louças – reclamou no PROCON.
E Edvaldo, coitado, alugou uma namorada cibernética (pensando em futuramente se casar), mas ela, pós-humano-moderna que é, só queria saber... de “ficar”!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

SOBRE O ALUNO-OBJETO E O MERCADO-SUJEITO



Aquela coisa de formar pessoas ativas para o exercício da cidadania e para a ação transformadora no mundo na educação é algo démodé. Agora - escrachadamente – temos que atender as exigências do Mercado. Somos produtos que passamos quatro, cinco, seis anos nas universidades/faculdades (sem contar a educação básica e pós-graduações) sendo confeccionados para Ele. Este dita as regras: quem entra e quem sai; quem é absorvido ou jogado fora. O mercado é, portanto, nosso tamagoshi maior, que alimentamos, e que doravante nos devora.