Este poema teve seu berço de inspiração na composição
“Send in the Clowns” de Stephen Sondheim,
interpretada na voz de Renato Russo.
Imagem: Martha Barros
Deixem entrar os palhaços
enquanto não voam os malabares
e a lona ainda não está a pino.
Deixem entrar os palhaços
para rirmos do acaso
da nossa desgraça — acrobacia em trapézio desequilibrada
até o alto estendida.
Deixem entrar os palhaços
choremos de alegria
em meio à tristeza
em meio à tristeza
a solução vem na cartola
da vida, que o grande mágico usa.
Deixem entrar os palhaços
e suas intervenções risonhas
estórias tão bem mal contadas
quanto as nossas vidas.
Deixem
entrar
os palhaços.
entrar
os palhaços.
Hum... acabei de me lembrar do filme "IT" embora as duas ideologias a cerca de um palhaço (a do texto e a do filme) sejam bem diferentes...
ResponderExcluirMuito bom o post!
[]'s
Ai ai! Você sempre no processo de superação do que já é excelente. Amei o poema, aliás, adorei mesmo (não sou mais religioso, posso "adorar" o que é esplêndido rsrs).
ResponderExcluirPor falar em "rsrs", o melhor do circo é o palhaço. Sem ele,o circo não existiria. Aliás, quem deu o sinal quando o circo pegou fogo foi o palhaço (lembra da cantiga?).
O palhaço tem um humor natural, por isso desperta nossas gargalhadas. Ele é um como nós, com a diferença de que rir dos infortúnios e faz com que todos riem também.
Abraços, Weslley.
Excelente! Digno da inspiração. E vamos seguindo e entre (e como) palhaços.
ResponderExcluir(gosto muito dessa sua verve crítica/social)
abraço, Wesley!
Errata: onde disse "e entre" leia-se "entre".
ResponderExcluir"Palhaços - bobos com os corações em fogo." (Charles G. Finney)
ResponderExcluirMuito bom :)