sábado, 14 de maio de 2011

DE RATOS E HOMENS

 Instalação: Ratoeira humana. Weslley Almeida


Observei

distante

como miragem embaçada

uma ratoeira.

Nela uma nota de dinheiro.



Eu – até então homem –

desejei como rato.

Desses dos esgotos fétidos.

Desses de palitó e gravata e cifrão na testa.

Desses de Congresso e templos



Quando acordei

(pra me esquecer)

desembacei a miragem e voltei a comer

meu simples mero queijo

furado.

4 comentários:

  1. Oi, Weslley!

    Menino! Genial o seu poema... que bela comparação essa. ADOREI!

    Ler-te é muito bom!

    Beijo grande :)

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  2. Os caminhos são muitos e nem sempre corretos. Mas comer o feijão que às suas mãos chegou pela estrada certa é o que mais importa.

    Gostei do seu blog, que só hj conheci.
    Abraços

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  3. Relamente,

    O queijo não é usado mais como atrativo para "arapucar" os desavisados sem caráter. Agora, utiliza-se dinheiro.

    A propósito, a maior ratoeira do mundo é bastante conhecida: Igreja Evangélica.

    Abraços, Weslley.

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  4. Genial mesmo! Quando será q vamos todos acordar e esfregar os olhos?

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