Eu não sei por que, mas desde o início de minha juventude desejei ter uma filhinha, uma criança. Presumo que queria contemplar nela algo que não podia mais ver em mim. Fico agora pensando nas suas possíveis risadas bobas em um momento sério meu, quando estivesse eu ainda de cara enfezada; nas suas brincadeiras fora de hora quando me encontrasse chateado, e na sujeira que ela fizesse na sala, misturada a brinquedos quebrados – que há algumas horas estavam em perfeito estado. Fico imaginando como reagiria a isso tudo...
Acho que talvez eu risse e brincasse com ela, e me lançasse junto à sujeira, encarando o mundo de forma mais lúdica e onírica. Ou brigaria com ela e lhe poria de castigo, seria rigoroso: afinal sou adulto.
Tenho para mim que as crianças têm – mesmo – muito a nos ensinar, só que não temos tempo nem humildade para isto, para aprendermos com elas. E acho também que nossas escolas e faculdades não nos ensinam tanto assim...
O que realmente nos ensina a viver é a professora chamada Vida, que se utiliza da didática da Experiência, que não está entre quatro paredes, mas se localiza no caminho, na observação do mundo, quando lemos as pessoas e temos a sensibilidade de contemplar o belo nas coisas mais simples; e ainda, quando percebemos a existência com o olhar das crianças e nos relacionamos com o mundo tal qual elas o fazem.
É-nos perceptível que, a princípio, as crianças desconhecem as regras, mas estas lhes são impostas, e já estão prontas antes delas nascerem. Mas como filósofas que são – quem deixamos de ser quando “crescemos” – não as permitem passar sem o seguinte questionamento: “por quê?”. Eu não sei se eu teria todas as respostas para a minha filha, mas tentaria respondê-la de forma mais sincera e profunda às suas indagações; talvez, até com uma outra pergunta, por não saber o que dizer ou responder. Mas se eu já tivesse uma resposta pronta e “certa” – como muitos de nós achamos que temos - ainda assim gostaria de perguntar a opinião dela, e até estaria mesmo disposto a mudar a minha, se ela me desse um contra-argumento convincente (o que não seria muito difícil). Deste modo, penso que nossas opiniões sobre a vida devem ser mais reticentes, e menos conclusivas, abertas para as diversas possibilidades de respostas dos porquês. Por isso, um apelo... Consultemos as crianças! Peçamo-las para rever nossos textos clássicos, quem sabe elas nos ajudam a transformá-los em poesias e contos infantis...? Elas estão prontas e aptas a nos ensinar sobre a vida pelo método que posso chamar de pedagogia da essência.
O que viria a ser essa tal pedagogia...? É o ensino que parte do pressuposto de que ainda não aprendemos o que realmente importa para nossa existência, e nos mostra o que de fato deve ser alcançado e vivenciado para que sejamos felizes tanto quanto estes pequeninos iniciantes da vida; que perdemos muito tempo com futilidades, tais quais: negócios, protocolos, cerimônias, reuniões infrutíferas, cumprimento de regras ilógicas e hipócritas, etc. Honestamente, acho que o que realmente importa é brincar. Principalmente as brincadeiras cuja regra mor é o amor. Acho que ludicidade é coisa de quem encara a vida de forma muito séria, só que sem prescindir da risada.
Em suma, o mundo é um parque, cheio de desafios e aventuras. Vivamos então a mágica atitude de ser criança, mesmo enquanto adultos; pois o que todo mundo busca realmente é pongar na incrível montanha-russa da existência e ser feliz.
Mas, nem todos conseguem. Preferem, apenas, ser adultos...
Acho que talvez eu risse e brincasse com ela, e me lançasse junto à sujeira, encarando o mundo de forma mais lúdica e onírica. Ou brigaria com ela e lhe poria de castigo, seria rigoroso: afinal sou adulto.
Tenho para mim que as crianças têm – mesmo – muito a nos ensinar, só que não temos tempo nem humildade para isto, para aprendermos com elas. E acho também que nossas escolas e faculdades não nos ensinam tanto assim...
O que realmente nos ensina a viver é a professora chamada Vida, que se utiliza da didática da Experiência, que não está entre quatro paredes, mas se localiza no caminho, na observação do mundo, quando lemos as pessoas e temos a sensibilidade de contemplar o belo nas coisas mais simples; e ainda, quando percebemos a existência com o olhar das crianças e nos relacionamos com o mundo tal qual elas o fazem.
É-nos perceptível que, a princípio, as crianças desconhecem as regras, mas estas lhes são impostas, e já estão prontas antes delas nascerem. Mas como filósofas que são – quem deixamos de ser quando “crescemos” – não as permitem passar sem o seguinte questionamento: “por quê?”. Eu não sei se eu teria todas as respostas para a minha filha, mas tentaria respondê-la de forma mais sincera e profunda às suas indagações; talvez, até com uma outra pergunta, por não saber o que dizer ou responder. Mas se eu já tivesse uma resposta pronta e “certa” – como muitos de nós achamos que temos - ainda assim gostaria de perguntar a opinião dela, e até estaria mesmo disposto a mudar a minha, se ela me desse um contra-argumento convincente (o que não seria muito difícil). Deste modo, penso que nossas opiniões sobre a vida devem ser mais reticentes, e menos conclusivas, abertas para as diversas possibilidades de respostas dos porquês. Por isso, um apelo... Consultemos as crianças! Peçamo-las para rever nossos textos clássicos, quem sabe elas nos ajudam a transformá-los em poesias e contos infantis...? Elas estão prontas e aptas a nos ensinar sobre a vida pelo método que posso chamar de pedagogia da essência.
O que viria a ser essa tal pedagogia...? É o ensino que parte do pressuposto de que ainda não aprendemos o que realmente importa para nossa existência, e nos mostra o que de fato deve ser alcançado e vivenciado para que sejamos felizes tanto quanto estes pequeninos iniciantes da vida; que perdemos muito tempo com futilidades, tais quais: negócios, protocolos, cerimônias, reuniões infrutíferas, cumprimento de regras ilógicas e hipócritas, etc. Honestamente, acho que o que realmente importa é brincar. Principalmente as brincadeiras cuja regra mor é o amor. Acho que ludicidade é coisa de quem encara a vida de forma muito séria, só que sem prescindir da risada.
Em suma, o mundo é um parque, cheio de desafios e aventuras. Vivamos então a mágica atitude de ser criança, mesmo enquanto adultos; pois o que todo mundo busca realmente é pongar na incrível montanha-russa da existência e ser feliz.
Mas, nem todos conseguem. Preferem, apenas, ser adultos...
Weslley,
ResponderExcluirAs crianças são as pessoas mais sábias do mundo. Isso porque a sabedoria delas não tem como embasamento teorias e muitos livros, mas a própria concepção de mundo delas. Ah, se todos fossem como crianças! Mas creio que os escritores têm um pouco dessas crianças dentro deles, pois escrevem tendo como ponto de partida a própria percepção obre o mundo.
Abraços
Weslley,
ResponderExcluirMuito obrigado por sua adesão à blogagem coletiva "Professores do Brasil".
Tenho certeza de que sua participação renderá bons frutos.
Abraços.