Qual é o sentido de estar na escola ou na universidade? Você já se fez esta pergunta?
Em lendo a Pedagogia da Autonomia do ilustre mestre, Paulo Freire, me veio tal questionamento; então tive que responder a mim mesmo, o que me levou a refletir e concluir que, pelo menos, três funções tem a educação: a formação Profissional, a formação cognoscente-interpretativa e a formação ético-ontológica.
Formar profissionais é imperioso para a harmonização da sociedade. Os papéis profissionais estão ligados diretamente à sobrevivência, principalmente no sistema capitalista em que vivemos. Se eu não trabalhar, não tenho renda, não tenho dinheiro, não tenho poder de compra: não sobrevivo, em suma. Entretanto, a profissionalização não está ligada tão-somente às necessidades básicas, mas ainda a status, ascensão social, conforto, o que em parte são coisas boas, podendo, contudo, tornarem-se perigosas, principalmente quando nos levam a passar por cima de tudo e de todos em prol de um desejo muitas vezes egocêntrico. O bom profissional é aquele que serve, pois como afirma um velho adágio popular "se não servimos para servir, não servimos para a vida...". Assim, a nossa responsabilidade enquanto profissionais é meta-umbilical, devemos estar comprometidos com o mundo que nos cerca: é muito importante estarmos cônscios disto já no processo de formação.
A formação cognoscente-interpretativa é aquela que nos leva a conhecer e interpretar o mundo. Uma criança de seis ou sete anos, na primeira série, vai aprender a ler e a escrever, no entanto ele já interpreta, ainda que muito parcialmente, o seu mundo, à base do senso comum. Ela sabe diferenciar o quente do frio, uma televisão de um rádio... Mas quando começa a ler, entra no mundo das letras, da ciência, a sua cosmovisão se amplia, assim como a sua capacidade de discutir a vida; começa a ter explicações lógico-científicas para os fenômenos naturais: porque a chuva cai, o avião voa, as pessoas ficam doentes, etc. Portanto, a escola/faculdade é um ambiente de conhecimento e interpretação do mundo e de tudo que está a ele relacionado.
Quanto ao aspecto ético-ontológico, é, provavelmente, na prática educativa, o elemento mais importante; no entanto o mais negligenciado. Fico a pensar numa sociedade cheia de profissionais excelentes em técnica, em exeqüibilidade laborativa; bem nutrida de intelectuais, e, entretanto, vazia de seres éticos - sem respeito mútuo, sem cordialidade, emergida em individualismo. Não haveria flexibilidade, seríamos todos irredutíveis quanto às nossas "verdades absolutas", nunca seria possível ver o próximo, o outro, o não-eu. A educação não pode se resumir ao treinamento técnico e/ou à intelectualização, mas, acima de tudo, a saber viver, pois: "é preciso saber viver".
Desta forma, segue, pois, o desafio de conhecer holisticamente, sem neofobia, amantes de uma educação que forma o ser integral para uma ação transformadora no mundo.
Em lendo a Pedagogia da Autonomia do ilustre mestre, Paulo Freire, me veio tal questionamento; então tive que responder a mim mesmo, o que me levou a refletir e concluir que, pelo menos, três funções tem a educação: a formação Profissional, a formação cognoscente-interpretativa e a formação ético-ontológica.
Formar profissionais é imperioso para a harmonização da sociedade. Os papéis profissionais estão ligados diretamente à sobrevivência, principalmente no sistema capitalista em que vivemos. Se eu não trabalhar, não tenho renda, não tenho dinheiro, não tenho poder de compra: não sobrevivo, em suma. Entretanto, a profissionalização não está ligada tão-somente às necessidades básicas, mas ainda a status, ascensão social, conforto, o que em parte são coisas boas, podendo, contudo, tornarem-se perigosas, principalmente quando nos levam a passar por cima de tudo e de todos em prol de um desejo muitas vezes egocêntrico. O bom profissional é aquele que serve, pois como afirma um velho adágio popular "se não servimos para servir, não servimos para a vida...". Assim, a nossa responsabilidade enquanto profissionais é meta-umbilical, devemos estar comprometidos com o mundo que nos cerca: é muito importante estarmos cônscios disto já no processo de formação.
A formação cognoscente-interpretativa é aquela que nos leva a conhecer e interpretar o mundo. Uma criança de seis ou sete anos, na primeira série, vai aprender a ler e a escrever, no entanto ele já interpreta, ainda que muito parcialmente, o seu mundo, à base do senso comum. Ela sabe diferenciar o quente do frio, uma televisão de um rádio... Mas quando começa a ler, entra no mundo das letras, da ciência, a sua cosmovisão se amplia, assim como a sua capacidade de discutir a vida; começa a ter explicações lógico-científicas para os fenômenos naturais: porque a chuva cai, o avião voa, as pessoas ficam doentes, etc. Portanto, a escola/faculdade é um ambiente de conhecimento e interpretação do mundo e de tudo que está a ele relacionado.
Quanto ao aspecto ético-ontológico, é, provavelmente, na prática educativa, o elemento mais importante; no entanto o mais negligenciado. Fico a pensar numa sociedade cheia de profissionais excelentes em técnica, em exeqüibilidade laborativa; bem nutrida de intelectuais, e, entretanto, vazia de seres éticos - sem respeito mútuo, sem cordialidade, emergida em individualismo. Não haveria flexibilidade, seríamos todos irredutíveis quanto às nossas "verdades absolutas", nunca seria possível ver o próximo, o outro, o não-eu. A educação não pode se resumir ao treinamento técnico e/ou à intelectualização, mas, acima de tudo, a saber viver, pois: "é preciso saber viver".
Desta forma, segue, pois, o desafio de conhecer holisticamente, sem neofobia, amantes de uma educação que forma o ser integral para uma ação transformadora no mundo.
A Educação no Brasil necessita de uma reformulação quase que completa, observando sempre a integralidade dos educandos no processo de sua formação, como cita o texto.
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