quarta-feira, 8 de julho de 2020

ESPECTROS DE VAGA-LUMES | PROJETO AMANHECER


Idealizado pela professora de Literatura Brasileira, Dra. Léa Costa Santana Dias (UNEB), o projeto AMANHECER divulga poesia na sua mais alta voltagem poética.
Fui gentilmente convidado a participar, e aí segue o resultado deste sensível e belo trabalho.


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PROJETO AMANHECER (UNEB)
Profa. Dra. Léa Costa Santana Dias

Foi o contexto da pandemia que fez surgir em mim o desejo de mobilizar nas redes sociais um espaço para a circulação de boas energias, um campo para o florescimento dos girassóis. 
Trazia a ideia na cabeça, mas, para nominá-la, eu não tinha um nome na mão. 
Pensei, pensei, pensei, mas o nome não vinha.
Pedi ajuda. Algumas pessoas opinaram. Nomes bons surgiram, mas nenhum dos nomes sugeridos foi capaz de alcançar meu coração. A ansiedade e o desejo de que a palavra adequada chegasse me fizeram mergulhar em duas longas noites de insônia.
Na última delas, lá pelas tantas, um vaga-lume invadiu meu quarto. Foi um momento mágico! Eu era criança e morava na zona rural na última vez que presenciara um vaga-lume. 
Minhas lembranças anteriores sobre esses seres iluminados datam desse período em que eu tinha no máximo oito anos.
A ilustre visita me pareceu, então, carregar em si a palavra de que tanto eu precisava para nomear o projeto/campo para o florescimento dos girassóis.
Para ter certeza, levantei-me da cama às pressas, e pesquisei na internet, pelo celular, sobre os vaga-lumes. Fiz a pesquisa no escuro, para não espantar meu amiguinho de luz.
Não havia mais dúvida.
Aparecera em meu quarto o símbolo do projeto: o vaga-lume.
O nome do projeto não poderia ser outro. 
Seria Amanhecer, já que o vaga-lume convertera em manhã a minha noite de insônia!
Peguei lápis e papel, rabisquei o texto introdutório do projeto. Foi dormir em paz, em companhia do luminoso vaga-lume.
Ao amanhecer, um dos mais luminosos da minha vida, ainda estava em minha companhia meu amiguinho de luz. Ficou por algum tempo em meu quarto e partiu, certamente para iluminar outras insônias.
Antes de partir, no entanto, ele me confessou um segredo:
“O Projeto Amanhecer precisa ser um chamado às conversas de vaga-lumes.”
Atenta à voz do vaga-lume que continua iluminando minha insônia, é que chamo para a conversa o poeta Weslley Almeida, que compartilha conosco o texto Espectros de vaga-lumes, publicado pelo MAC (Feira de Santana), em 2013. Weslley Almeida é poeta e compositor. Residente e natural de Feira de Santana, é graduado em Letras e mestre em Literatura pela UEFS.

Mais informações:

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