...
Nas contação de história
Tem muitas coisa bonita
Que se apruma aqui dentro
E incorporado fica
Memórias do sertão
Só se sente não se exprica
Coisas do imaginário
Venho agora intão falar
Símbolos de nossa terra
Tradição mui popular
Narrativas de meu povo
Venho aqui vos proclamá
Pade Ciço Rumuão Batista
Homi de fé e ação
Esse era o seu lema
Trabalho e oração
Plantava grande esperança
Em muitos no coração
Virgulino lamparino
Lâmpada e Lampião
De um lado uma espingarda
De outro lado o facão
Quis impor sua justiça
Nas terras pelo sertão
Antônio Conselheiro
Profeta de Bello Monte
Labutou toda sua vida
Pra dar ao povo novo horizonte
De fé e igualdade
Foi ele, há muito, fonte
Gonzaga na sanfona
Enche de encantação
Até hoje os oito baixo
Desliza em sua mão
E em nossa boa lembrança
É o grande rei do baião
Nesse canto derradeiro
Celebro enfim imagens
Dos que vivem na memória
Belas, grandes paisagens
Tecendo em nós o onírico
Criando muitas viagens.
...
"O sertão vai virar mar e o mar virar sertão..."
ResponderExcluirAh, beato...onde andam os profetas do sertão? Muitos profetizam com poesias, letras e córdeis feito este...Abraço.
"Só se sente não se exprica" o sentimento de quem vive e ama o tão encantador e sofrido sertão.
ResponderExcluirMeu mano,
ResponderExcluirComo um sertenajo de nascimento e de sentimento, me sinto contemplado com tamanha homenagem. Coisa bonita!
Um abraço.
Adorei amigo poeta! Tu sabe que sou doida por cordel?
ResponderExcluir