Comer manga com sal. Botar bomba nº10 nos blocos dos muros desrebocados. Comprar geladinho de R$ 0.10. Tomar topada no jogo de futebol (dói paralelepípedo!). Vôlei na rua, só carro passa por baixo. A Coelba veio cortar o gato, avisa pro vizinho. A Embasa também: “minha água é de poço artesiano...”. Meu pai me deu R$ 5. Tô cheio de dinheiro – vai dar pra semana inteira. A hora de vídeo-game em Seu Lao é R$ 0.80, vou mandar reservar 2h. Hoje zero aquele jogo. De noite ir para cima do telhado pra enxergar disco voador. E procurar no mato vaga-lumes quando energia faltava no bairro. Ficar andando no ar, do pé de goiaba pro de manga como macaco. Fazer das carteiras de cigarro achadas no chão papel moeda: Malboro e Free, as que mais valiam. Cavar três buracos no chão pra jogar gude. Sentir a direção do vento pra empinar arraia. Tentar pegar passarinho com a mão enquanto está andando. Fazer da garrafa de Q’boa um carro. Botar pipa no ar como avião. Andar de bicicleta de mão solta...
e sentir-se
pássaro.
viver leve e voar! belíssimo texto, meu caro!
ResponderExcluirabraço.
Dar asas à imaginação é voltar a ser criança nas lembranças da infância! Obrigado Weslley!!
ResponderExcluirÉ bom reler sua crônica.
ResponderExcluirSó agora, adultos, sabemos que tínhamos poder quando criança. De certa forma, é bom as crianças não saberem mesmo, senão juntamente com a pipa ou a bicileta, voaremos sem rumo.
Abraços.
Voltei à minha infância em suas palavras!
ResponderExcluirVivi muita coisa também descritas por você.
Parabéns, seus textos são esplêndidos!
Vixiii!!! Adoreiii, assim que lembro da minha infância: manga verde com sal em cima da árvore, gude, vôlei com a galera, paquitas, pipa, amarelinha, descer rolando no areal e voltar pra casa com os bolsos da bermuda cheios de areia, empinar pipa, chicotinho queimado, escravo de Jó, salada de fruta, capitão, eitchaaa, não termina... haaa velha infância, saudadessss.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAchei tão lindo esse texto de reminiscências da infância... Esse é um tema que me é muito caro. Você tão jovem teve uma infância assim parecida com a minha? Ou será que todas as infâncias se parecem nas brincadeiras e felicidades feitas bobagens?
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