domingo, 28 de junho de 2009

ÁGUAS PARADAS NÃO MOVEM MOINHOS.


“Os cavalos nascem, ao passo que os homens se formam”
"Não se entra duas vezes no mesmo rio [que corre]"

Este constante devir do ser-sendo que figura o processo dialético legítimo do existir faz-nos vislumbrar – se nos permitirmos – não só as duas margens do rio, mas tantas outras que nele há. Nossas experiências permitem-nos assim, portanto, via de regra, novos fluíres multiflúidos, e nos conduzem reflexivamente de volta à nascente, de volta à essência do existir humano, pelos transfluxos da nossa eco-dinamicidade, e, deste modo, podemos rever a nossa imanência/transcendência.
Disto não se pode prescindir. Não se pode abrir mão de experimentar o "estar absorto filosófico" diante das atrocidades e bonitezas da vida e do que ela representa em práxis e ontologia. Pois, estes momentos ético-estéticos extremos e opostos, nos fazem entender-nos mais humanos e desumanos, e nos movem ao futuro e ao passado do nosso presente.
É, portanto, imperioso se mover, disparar... Pois, represamento é o que acontece às águas que não correm, e que, portanto, não se renovam. É isto que nos querem pro(im)por com esses vieses moldados, convencionados e estagnantes, onde são postas barragens que se levantam no nosso por vir, e não mais nos permitem o ser homo continuus. Destarte, somos, então, controlados. Ficamos estáticos. E o que nos acontece...? É: Águas paradas não movem moinhos...

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