domingo, 4 de julho de 2010

NAU À VISTA



Índios visam
A nau a chegar.
Pressentem os mares
Sombrios
A mão de ferro do colonizador
Vem explorar
Tirar suor... e sangue
Riquezas da terra.
Vem Impor voz altiva
Suas vestes e religião
Dominação.
A cruz que simboliza não o sacrifício
Mas o ato de sacrificar.

domingo, 6 de junho de 2010

POLISSEMIA

Foto: Weslley Almeida

Signos nas telas
Traços e cores.
Nos volumes e curvas
Esculturas.
Signos nas palavras explícitas e escondidas
Num poema.
Na expressão facial
Do ator
No palco.
Signos na nota
No acorde
Na música.
Signos nos passos
Das danças
Das Vidas...
Que bailam.
Que cantam e tocam.
Que encenam.
Escrevem.
Esculpem.
E pintam...
Sua concreta existência
Abstrata.

sábado, 22 de maio de 2010

sábado, 8 de maio de 2010

PALAVRA



Definir uma palavra é obliquar suas múltiplas ressonâncias...
Palavra não se define, se sente no seu contexto, na sua dança no palco da sintaxe, no ritmo dos versos/parágrafos... E no silencio do não dito.

sábado, 27 de março de 2010

ECOSSISTEMIA LÍRICA



Bola no chão
Pés descalços
Campinho de terra...
Pipa na mão
Solta a linha
Que’la vai atingir o horizonte.
Barquinho de Papel
Flutua por futuros despoluídos
Mares e rios.
Brincar de gude
Ela é uma esfera
Nosso planeta
Sermos dela cuidantes
Desafio ululante
Responsabilidade lúdica
E ecossistêmica.