domingo, 26 de fevereiro de 2012

BANHEIRO: ESPAÇO MULTIFUNCIONAL


Sinceramente, não entendo muito as pessoas que tem revistas no banheiro.
Quando é que uma pessoa consegue ler um artigo inteiro? Quando está de desinteria?!
Eu entenderia se tivessem para ler haicais...
Agora, imagine um casal. O rapaz está lá no banheiro, a mulher bate na porta:
- Benzinho, eu to apertada, anda logo...
- Espera, mulher, ainda não terminei de ler o texto - Que coisa maluca isso...
Agora imagine se esse cara for um religioso:
- Calma, amada! Estou fazendo uma oração, pois vou começar a ler o Salmo 119. (Acontece que esse salmo tem 176 versículos!).
Outros ainda podem ampliar isso. É... Há quem diga que é alí onde se pode começar o processo criativo.  Muitos erronaeamente pensam: “Vixi... Ele esse tempo todo lá dentro. Será que foi comida estragada?!”. Quando, ao invés disso, a pessoa está produzindo uma coisa boa! Num momento de catarse, introspecção. É também interessante imaginar essa pessoa obrando, nos dois sentidos e ao mesmo tempo. Pega no papel higiênico, depois na caneta; papel higiênico, caneta... O problema só é se atrapalhar com as funções dos objetos...
Nessa coisa de andar quase que o tempo todo no mundo virtual, muitos andam levando também celular, netbooks, tablets para o banheiro... Aí o celular toca, justamente naquela hora. Pessoalmente, se meu celular tocasse nesse momento, lá dentro, eu daria descarga nele junto com o que tinha acabado de ter feito.  
Não, e tem esse lance hoje de tudo que se faz, você tira foto e posta no facebook. As pessoas viraram paparazzi de si mesmas. “Eu aqui no aniversário da boneca Barbie da minha sobrinha de 3 anos”. Pelo amor de Deus... Aí você tenta imaginar uma pessoa dessa no banheiro, o que ela vai postar... “Gente, antes de puxar a cordinha da descarga, tirei a foto de minha obra de arte para mostrar a vocês...”
Ah, não, não... Desisto. A melhor coisa que se faz no banheiro é mesmo o prazer... das nossas necessidades FISIOLÓGICAS.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

VIDOCEANO

Foto: Weslley Almeida


Qual é o cais
para aonde tanto navegamos?